Resumo:
A Amazônia Brasileira compreende os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão e Goiás, correspondendo a uma área de aproximadamente 5 milhões de km2, dos quais 4 milhões de km2 são cobertos com floresta. O Acre, com área de 152.522 km2 e uma cobertura florestal de quase 90%, apresenta forte aptidão e tradição extrativista. Contudo, modelos de produção agropecuária e de exploração extrativa da madeira, caracterizada pela extração seletiva, têm ocasionado elevados danos ao meio ambiente florestal, em particular, nas áreas de reserva legal onde as derrubadas continuam avançando. Um dos elementos que mais tem contribuído para que isso aconteça é o fato de não ser atribuído nenhum valor econômico à floresta. Na visão do produtor, essas áreas são consideradas como impedimento para obter maior renda, pela expansão daquelas destinadas à agropecuária. Nesse aspecto, a exploração de madeira certificada oriunda de projetos comunitários de manejo florestal em áreas de reserva legal torna-se uma alternativa pioneira que poderá contribuir para reverter o processo de degradação da floresta em um modelo de exploração com bases sustentáveis. Este trabalho propõe avaliar a rentabilidade financeira do manejo florestal com a utilização de serraria portátil em áreas de reserva legal de projetos de colonização na Amazônia Ocidental.