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A espécie Piper hispidinervum, popularmente conhecida como pimenta longa, é uma planta nativa do Estado do Acre encontrada nos campos e pastagens como vegetação secundária. Esta espécie se caracteriza pela produção de um óleo essencial com alto teor de safrol que, após transformações químicas industriais, é usado na produção de perfumarias, comésticos e inseticidas. Por ser uma fonte alternativa e natural de safrol, a pimenta longa vem despertando grande interesse não só de pequenos e médios produtores da região, na busca de novas opções de renda, mas também de empresas processadoras desse produto. Outra característica importante da espécie é sua capacidade de rebrotar após os cortes, fazendo do seu cultivo uma atividade perene e ecologicamente correta. O rendimento depende de dois fatores básicos: produção de biomassa (folhas e ramos tenros) e percentual de óleo na matéria-prima. Além da exigência por luz e pH com tendência a neutro, para o bom desenvolvimento da pimenta longa, não deve haver déficit hídrico. Cortes da pimenta longa efetuados no período seco (junho a agosto) inviabilizam o rebrote, causando a morte da planta em decorrência da escassez de água. Portanto, dependendo da época e freqüência do corte (um ou dois ao ano), haverá maior ou menor influência sobre o peso de biomassa e também variações no rendimento de óleo, influenciando a produção final. Por ser uma planta de cultivo recente e, portanto, ainda em fase de domesticação, há necessidade de pesquisas para definir um sistema de produção visando implantá-la em bases comerciais. Uma dessas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Acre foi a definição da melhor época e freqüência de corte, na busca da maximização do rendimento de óleo essencial. |
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