Resumo:
Nas últimas décadas, os recursos florestais da Amazônia vêm sendo explorados de forma intensiva, acelerando o desaparecimento no mercado madeireiro das espécies mais usadas como moirões de cerca, que, devido a suas características ecológicas, são eminentemente raras na floresta. Desta forma, espécies de madeira duráveis estão sendo exploradas a distâncias cada vez maiores, causando aumento acentuado nos custos de exploração. A alternativa do uso de madeiras perecíveis tratadas quimicamente é pouco viável, especialmente na Região Amazônica, onde os produtos químicos são mais difíceis de serem obtidos e os preços são mais elevados, principalmente no caso de pequenos produtores isolados na floresta. Além disso, este é um processo demorado e difícil de ser efetuado em pequena escala. Diante deste problema, a busca de espécies arbóreas de uso múltiplo, que possam servir como estacas vivas, apresenta-se como uma alternativa promissora para substituir as espécies de madeira dura, ameaçadas de extinção .