Resumo:
A cada ano vem aumentando o interesse pelo cultivo da pimenta longa na região amazônica. Este fato pode ser comprovado pelo crescente aumento de áreas plantadas por pequenos produtores rurais, estimulados pelo Plano Estadual de Pimenta Longa que tem como base de financiamento os recursos do FNO liberados pelo Banco da Amazônia (Basa). Por outro lado, verifica-se também no Estado do Acre iniciativa de cultivo por parte de médios agricultores, vindos de outras regiões do País. O interesse de cultivar a pimenta longa originou-se da crescente demanda de safrol natural nos mercados nacional e internacional, visto que os únicos países fornecedores deste composto químico (China e Vietnã) correm sérios riscos de não mais produzi-lo a longo prazo, devido à extração predatória de recursos naturais. Embora a Embrapa tenha desenvolvido diferentes etapas de processo para obtenção de óleo essencial rico em safrol a partir da pimenta longa, as tecnologias geradas até o momento voltaram-se para agricultura familiar detentora de mão-de-obra. Neste contexto, muitas etapas de produção que requerem elevado número de mão-de-obra precisam ser refinadas para otimizar tempo e custo/benefício. Como exemplo têm-se as etapas de colheita e secagem de biomassa de pimenta longa. Com base neste problema, a Embrapa Acre vem desenvolvendo pesquisas com colheita semimecanizada de biomassa triturada e com secagem natural utilizando energia solar. Neste trabalho são apresentados os resultados de pesquisas sobre colheita e secagem de biomassa de pimenta longa para produção de óleo essencial com alto teor de safrol, utilizando baixo custo de mão-de-obra.