Resumo:
A Amazônia passa por um processo de redução de seu estoque natural de árvores com potencial para a indústria madeireira. A implantação de espécies nativas em projetos de recuperação de áreas degradadas pode amenizar o impacto ambiental negativo decorrente dos desmatamentos e auxiliar no restabelecimento do equilíbrio desses ecossistemas. Como conseqüência desse fato, está ocorrendo uma intensa busca para o cultivo de espécies que tenham características adequadas para cada necessidade de uso. No caso das indústrias de compensados, instaladas na região Norte do País, existe um interesse na propagação de espécies de baixa densidade e de crescimento rápido. Na década de 1990, algumas empresas descobriram que essas exigências poderiam ser superadas pelo plantio de uma espécie denominada paricá, cujas características físicas e mecânicas mostraram-se adequadas ao tipo de trabalho realizado por essas indústrias, e também pela sua boa aceitação no mercado. O paricá, Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke, é uma espécie florestal da família Leg-Caesalpinioideae, que ocorre em todo o Brasil, com exceção da região Sul. Sua madeira apresenta coloração clara e é largamente utilizada na fabricação de forros, palito e papel. Na Amazônia, encontra-se na mata primária de terra firme e várzea alta dos estados de Rondônia, Amazonas, Pará e Mato Grosso. Graças a seu rápido desenvolvimento, essa espécie foi incluída na seleção de espécies leguminosas para consórcios agroflorestais na Amazônia. Porém é sensível ao vento forte. No final da década de 1990, a expansão de reflorestamentos com paricá chegou a milhares de hectares, quase todos plantados com recursos próprios e sem nenhuma garantia de sucesso, pois as informações para o cultivo dessa espécie eram muito escassas, sobretudo as referentes às suas exigências nutricionais. Com base nesse enfoque, foi conduzido um experimento com o objetivo de verificar o efeito de doses de nitrogênio, fósforo e potássio no crescimento de plantas jovens de paricá.