Resumo:
A possibilidade de utilização de óleos vegetais puros ou derivados destes, como combustível de motores de ciclo diesel, é conhecida desde a fase inicial de desenvolvimento do motor, havendo registros de utilização de óleo de amendoim em experimentos realizados pelo Dr. Rudolf Diesel, no ano de 1911. Desde então, vêm- se realizando estudos para viabilizar técnica e economicamente o uso desta fonte energética renovável. Em geral, todas as pesquisas são unânimes quanto à viabilidade técnica da utilização de óleos vegetais como combustíveis, apesar de relatarem uma série de pequenos problemas no funcionamento, que comprometem a utilização por longos períodos, comprovam que os custos de produção inviabilizam programas em larga escala, apresentam sugestões para melhorar a performance no funcionamento, e não há registro de continuação das experiências. Os óleos vegetais, somente, não tiveram aplicação como substituto de petróleo por razões econômicas, conclusão comum a todas as pesquisas. A este fato, deve se acrescentar que os óleos vegetais produzidos em larga escala na Europa e EUA (colza, soja, algodão e girassol) que têm alto índice de iodo, não são os mais adequados para a utilização “in natura”, como substituto do óleo diesel. A utilização de óleos vegetais “in natura” é mais viável com óleos tropicais, com baixo índice de iodo, como palma, palmiste e coco (copra), em áreas com clima quente. O desenvolvimento de tecnologias para utilização de óleos vegetais “in natura” é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico de comunidades isoladas da Amazônia, pois o custo de transporte de óleo diesel, inviabiliza qualquer atividade econômica tradicional.
Descrição:
Apresentação do conteúdo: Introdução; Perspectivas para a utilização de óleos vegetais como combustível; Neutralização e degomagem de óleo de palma bruto (dendê); A opção óleo de palma; Misturas de óleo de palma com óleo diesel; Misturas binárias diesel/palma – avaliação físico-química das amostras 1, 2 e 3; Misturas terciárias diesel/palma/álcool – avaliação físico-química das amostras 4, 5, 6, 7 e 8; Conclusões; Referências Bibliográficas