Resumo:
A madeira é um material que apresenta algumas propriedades, tais como: energética, medicinal, química, alimentícia e especialmente madeireira, que, desde os primórdios da humanidade, fizeram-na destacar-se no desenvolvimento da civilização. Naturalmente, a madeira é degradada biologicamente por organismos xilófagos que utilizam os polímeros naturais da parede celular como fonte de nutrição, e alguns deles possuem sistemas enzimáticos capazes de metabolizá-los. A resistência do cerne é conferida pelos extrativos que se distribuem homogeneamente pela árvore, sendo maior nas partes externas do cerne e próximo à base da árvore, diminuindo em direção à medula e ao topo. A durabilidade natural da madeira é interpretada pela capacidade que a mesma possui de resistir à ação dos agentes deterioradores, tanto os biológicos como os físico-químicos. Sendo assim, a madeira pode apresentar alta, média ou baixa resistência à ação desses agentes. Sabe-se que o cerne da madeira é a parte mais durável, entretanto, possui variação que ocorre de espécie para espécie e entre árvores com idades diferentes. Com objetivo de avaliar a durabilidade natural de madeiras amazônicas em contato com o solo em ambientes de terra firme (sombreado e ao sol) e várzea alta (sombreado), as madeiras maúba (Licaria mahuba (A.Samp.) Kosterm. - Lauraceae), maçaranduba (Manilkara huberi (Ducke) Chev. - Sapotaceae), parapará (Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don - Bignoniaceae) e sucupira-preta (Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff – Leguminosae-Pap.) foram estudadas durante 6 anos.