Resumo:
O mogno (Swietenia macrophylla King) é uma espécie florestal, reconhecida em nível mundial como uma das mais valiosas do mercado madeireiro. A espécie apresenta uma larga distribuição geográfica nos Neotrópicos, desde Yucatán, no México, passando pelos países da América Central até as Amazônias boliviana e brasileira. No Brasil, a sua distribuição natural é estimada em uma extensão de 1,5 milhão de km, com ocorrência nos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Acre, e o sul do Amazonas. Em termos de importância comercial apresenta-se como a espécie que detém o primeiro lugar no ranking da exportação brasileira, sendo o Pará o maior produtor e exportador mundial. Em função de práticas não-sustentáveis de sua exploração , que teve início no Brasil nas décadas de 60 e 70, os países consumidores já propuseram por três vezes, a inclusão da espécie no Anexo 11 da CITES (Convenção Internacional das Espécies Ameaçadas da Flora e Fauna Silvestre), o que se aceito imporia sérias restrições as exportações e, conseqüentemente, em sua produção. Ainda hoje no Brasil existe um desconhecimento do real status das populações naturais remanescentes de mogno, o que para a conservação da espécie torna-se uma informação de importância vital. Em função disso, o governo brasileiro, já pela terceira vez, prorrogou a suspensão das autorizações e concessões para sua exploração, a fim de possibilitar a manutenção do estoque atual e obter um maior conhecimento sobre a espécie, através de realizações de pesquisas, visando no futuro utilizá-la de forma sustentável. Diante do exposto, a Embrapa Amazônia Oriental iniciou em 1998, o projeto de pesquisa "Ecologia e silvicultura de mogno (Swietenia macrophylla King), no estado do Pará", com o propósito de obter maior conhecimento sobre a espécie .