Abstract:
A Amazônia apresenta a maior biodiversidade do mundo e sua flora arbórea é a grande coqueluche do momento, entretanto a falta de direcionamento técnico e a conscientização ecológica na exploração dos recursos florestais tem acarretado prejuízos irreparáveis. Espécies de grande valor estão ameaçadas de extinção, e, entre estas, a mais conhecida mundialmente é a Swietenia macrophylla King, identificada popularmente como mogno, pertencente a família Meliaceae. A atividade madeireira é considerada como principal causa da extinção do mogno, devido ao desmatamento acelerado e incontrolado ocorrido nas florestas tropicais, deixando de assegurar a sustentabilidade do mogno para Amazônia. Na tentativa de minimizar tais erros, vários projetos de reflorestamento com mogno foram implementados, entretanto com fracasso. O aspecto que mais chama atenção nos sucessivos fracassos do plantio de mogno em escala comercial é o ataque da broca das Meliaceas, conhecida mundialmente por Hypsipyla grandella, tida como principal problema na silvicultura em todo o trópico americano, pois o emprego de plantios puros de mogno tem apresentado limitações, provenientes do ataque da broca que começa no viveiro e se estende até o plantio definitivo. A mariposa dessa espécie é atraída pelo cheiro atrativo da planta, ovoposita sobre a mesma, suas lagartas eclodem, e se alimentam do broto novo, causando sérios danos, como superbrotação, retardamento do crescimento e, as vezes, até a morte das plantas. Considerando esse fator limitante como uma grande ameaça para o desenvolvimento de projetos de reflorestamento em áreas exploradas e degradadas, urge a necessidade de se pesquisar combinações de métodos de controle que sejam eficientes no combate a broca H. grandella para que se possa reduzir a pressão exploratória sobre a população do mogno, a fim de que essa meliácea possa ser cultivada comercialmente na Amazônia. A solução ideal para o controle de pragas florestais é a criação de variedades resistentes. Com relação a broca do mogno, observou-se que H. grandella é atraída, e ovoposita em T. ciliata, e as lagartas são estimuladas a se alimentar desse hospedeiro, apesar da sua toxicidade, atuando, assim, como uma planta armadilha para essa praga. Assim , este trabalho tem como objetivo controlar a broca do mogno através da preferencia da ovoposição pela mariposa de H. grandella sobre T. ciliata plantada em consórcio com S. macrophylla.