Abstract:
O dendezeiro é uma cultura de grande importância econômica e social para o Estado do Pará, pois agrega valores à cadeia produtiva pela associação das atividades agrícolas com o processamento industrial, gerando um grande número de empregos e fixando o homem ao campo. Estima-se que existam 40 mil hectares com dendezeiros, nesse Estado. As plantações dessa palmácea localizadas no Pará têm registrado a ocorrência de pragas e doenças. Uma das mais importantes pragas, pelos danos que causam às plantas e ao rendimento da plantações, é a forma jovem do lepidóptero Eupalamides dedalus. A E. dedalus é uma mariposa pertencente à família Castniidae, vulgarmente conhecida como broca-da-coroa-foliar do coqueiro e dendezeiro e castnia. É uma praga endêmica da América do Sul, de ocorrência na Venezuela, Suriname, Guiana, Colômbia, Equador, Peru, Panamá e Brasil. A ocorrência na Amazônia, em musáceas, foi feita pela primeira vez por Caldeira e Vieira, em 1938. A lagarta abre galerias nos pedúnculos dos cachos, bases foliares e estipe do dendezeiro e coqueiro, dificultando ou impedindo a circulação de seiva bruta e elabora- da pelos vasos condutores, causando debilidade e/ou morte da planta. Os sintomas externos manifestam-se na forma de arqueamento foliar, amarelecimento e redução, no tamanho e número de folhas, conferindo à região da copa um aspecto de raleamento. Além disto, há abortamento e redução do número de flores por inflorescências, de frutos e ausência total de cachos e folhas sob ataque severo. O objetivo deste trabalho foi o de verificar se existe ação de atração de alguns alimentos sobre os adultos de E. dedalus, para serem utilizadas como iscas atrativas em armadilhas, visando o controle populacional dessa mariposa nas plantações.