Resumo:
O processo germinativo das sementes de castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa, H.B.K.) é lento e irregular, assim como a percentagem de germinação dessas sementes é baixa, sugerindo, dentre outros fatores, a possibilidade de deterioração antes do semeio, possivelmente em decorrência das excessivas intermediações após a coleta como também, após semeadas, devido principalmente, ao ataque de fungos. Observações tem mostrado que sementes de castanha-do-Brasil, armazenadas em sacos de aniagem por mais ou menos 2 anos, em ambiente de laboratório, apresentam odores características de rancidificação e espaços vazios na amêndoa, sendo provável que esses últimos sejam causados pela aparente desidratação dos tecidos, uma vez que o tegumento dessa semente parece não ser barreira efetiva às trocas hídricas. Os graus desses distúrbios podem ser avaliados através do teste de tetrazólio. O teste de tetrazólio, além de figurar como indicador da viabilidade de sementes, também poderá oferecer subsídios para a explicação do mecanismo controlador da germinação de sementes de castanha-do-Brasil, possibilitando acompanhar o desenvolvimento de embrião durante o processo germinativo, assim como favorecer a sua localização, o que constitui objeto desse estudo.