Resumo:
O mogno africano (Khaya ivorensisi) vem sendo utilizado para reflorestamento na Amazônia devido sua alta resistência à broca da ponteira (Kypsipyla grandella), principal praga do mogno brasileiro(Swietenis macrophyles). No período de maio a junho de 1999, em plantas de mogno africano localizadas no município de Igarapé-Açu, PA, foram observadas várias árvores com sintomas severos de mancha foliar que culminava com a queda das folhas. Presumindo ser uma doença de causa biótica, coletou-se material vegetativo no campo para ser analisado no Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Amazônia Oriental. Fragmentos de tecido retirados da zona de transição, entre a parte sadia e a infectada das folhas, foram transferidos para placas-de-petri contendo meio a base de ágar-água (AA). Após o crescimento do fungo, transferiram-se pedaços de micélio para meio de cultura batata-dextrose-agar (BOA).As placas foram incubadas em laboratório sob fonte de luz contínua, posicionada a 40 cm da superfície do meio. Os exames efetuados ao microscópio ótico revelaram a presença de conídios cilíndricos, hialinos, com um septo transversal, cujas dimensões variaram de 36,2 - 55,4 x 3,2-3.8mll. Observou-se também a presença de clamidósporos e vesícula de forma elípticas. Inoculações para comprovar a patogenicidade deste fungo foram executadas em condições de laboratório, retirando-se discos de 5 mm de diâmetro contendo partes da colônia do fungo e depositando em folhas destacadas de mogno africano.